
"As cartas deste livro foram escritas por um homem de 28 anos na
privacidade da sua relação com a mulher, isolado de tudo e de todos durante
dois anos de guerra colonial em Angola, sem pensar que algum dia viriam a ser
lidas por mais alguém. Não vamos aqui descrever o que são essas cartas: cada
pessoa irá lê-las de forma diferente, seguramente distinta da nossa. Mas
qualquer que seja a abordagem, literária, biográfica, documento de guerra ou
história de amor, sabemos que é extraordinária em todos esses aspectos (...)
Este é o livro do amor dos nossos pais, de onde nascemos e do qual nos
orgulhamos. Nascemos de duas pessoas invulgares em tudo, que em parte vos damos
a conhecer nestas cartas. O resto é nosso."
Querido Professor Einstein, Alice Calaprice, Edições Asa
Querido Professor Einstein, Alice Calaprice, Edições Asa
Somos frequentemente surpreendidos
pela maravilhosa inocência e curiosidade das crianças e pelas perguntas que
estas fazem. Neste livro reuniu-se uma encantadora colecção de mais de sessenta
cartas inéditas que crianças de todo o mundo escreveram ao que foi,
provavelmente, o mais famoso cientistas de todos os tempos. E as cartas
que as crianças lhe enviavam, quer fossem a pedir ajudar para trabalhos da
escola, por curiosidade ou com o incentivo dos pais, são sempre divertidas,
tocantes ou mesmo precoces. Enriquecendo esta colecção encontram-se várias
fotografias de Einstein com crianças, com um turbante, com um boneco ou com
pantufas engraçadas, além de muitas outras..
Lilli Jahn cresceu no seio protector
de uma abastada família judia de Colónia. No princípio dos anos 20 estudava
medicina, ia ao teatro e a concertos e discutia apaixonadamente sobre
literatura, arte e religião com o seu namorado protestante, Ernst, com o qual
se viria a casar. Tiveram cinco filhos, enquanto a sua vida se ia infectando
com o veneno da política nazi. Ernst não suportou a pressão externa e
divorciou-se em 1942, deixando Lilli à mercê do regime. Foi levada para um
campo de trabalhos forçados, enquanto os seus filhos tiveram de enfrentar
sozinhos a vida diária de um país em guerra.
O autor,
Martin Doerry, nasceu em 1955 e é neto de Lilli Jahn. Trabalha desde 1987 na
revista alemã Der Spiegel, da qual é actualmente redactor-chefe.
Imagine-se o que diria o
Principezinho a Saint-Exupèry, D. Afonso Henriques à mãe, Jesus a Maomé,
Groucho Marx a Karl Marx, Leonardo da Vinci a Maquiavel, Don Corleone a Frank
Sinatra, Humberto delgado a Salazar, ou o pai a Kafka, se porventura tivessem
tido a ocasião de escrever cartas uns aos outros sobre assuntos que lhes foram
comuns. De forma tensa e dramática, divertida e transgressora, por aqui
desfilam séculos de História e vidas que se encontraram ou desencontraram, se
completaram ou destruíram. Integrando-se na grande tradição da ficção epistolar, O que Drawin
Escreveu a Deus, é um livro original que, por caminhos inesperados e
fortemente imaginativos, não deixará o leitor indiferente.
Num esforço alucinado de análise e
confrontação, Franz Kafka escreve ao pai, de quem se encontrava afastado há
muito tempo. É um texto onde ele explora de forma desesperada, a busca de uma
expiação na relação desde a infância com o seu pai, onde não assume culpas, mas
pretendendo atingir a sua reabilitação.
Dois jovens primos e grandes amigos
separam-se depois das longas férias do Verão. Mas as novidades são tantas que
para se manterem em contacto um com o outro recorrem às cartas, numa espécie de
livro-diário, onde contam tudo o que lhes acontece. Nesta troca de
correspondência encontram acidentalmente uma estranha carta caída da mala da
Lilli dos Livros, com indicações misteriosas que os dois jovens vão investigar…
Uma descoberta ou um reencontro com o mundo dos livros, desde os mais antigos até aos mais actuais, onde se revelam a todos os leitores importantes características das diferentes épocas do livro.
Uma descoberta ou um reencontro com o mundo dos livros, desde os mais antigos até aos mais actuais, onde se revelam a todos os leitores importantes características das diferentes épocas do livro.
As Pequenas Memórias é um
livro de recordações que abrange o período entre os quatro e os quinze anos da
vida de José Saramago. O autor tinha As Pequenas Memórias na cabeça há mais de
20 anos, por isso a altura para o escrever era esta: "Queria que os
leitores soubessem de onde saiu o homem que sou".